O legado histórico e a frenética globalização, está permanentemente a ceder-nos novos (caminhos) Valores Tradicionais e Revolucionários que, exigem de todos Nós, uma profunda e sentida reflexão sobre - o que somos e para onde queremos ir…
Deveremos ter um (outro) novo olhar sobre o modo de habitar!
A globalização exige-nos a preservação da identidade do - Lugar e do Povo - para que a aculturação seja frutuosa e a educação dos Povos seja positiva na alteração dos - Valores Humanos – transmitidos geracionalmente. Agora, a velocidade das comunicações exige um terreno ainda mais fértil nos aspectos sociais, culturais e económicos, para acolher e reproduzir as legítimas vontades.
Neste sentido, consideramos:
– Tradição – É a capacidade de adicionar e partilhar o conhecimento e os instrumentos então utilizados, alguns deles aparentemente desactualizados e consumidos, pelo uso e pelo tempo;
– Revolução – É a capacidade de inovar, deixar de viver mal, procurar um mundo Melhor e mais Justo.
A manutenção destes justos interesses e a concepção de espaços que proporcione a convivência educativa, apoiada no diálogo livre e independente, fértil no contraditório, estruturado na “razão ou verdade dos factos”, exige dos Agentes que os desenham, a recriação dos legítimos interesses das Gerações, acrescentando a cada Lugar os Valores Humanos intrínsecos – Sociais, Culturais e Económicos.
É neste contexto que nasce a vontade de recriar um novo olhar sobre o modo de habitar e, com ele, a vontade de desenhar um complexo residencial no espaço da “Fábrica de Cerâmica e de Fundição das Devezas”, acrescentado os Valores Humanos intrínsecos e expondo a tese: - Tradição / Revolução.
Este Plano recebeu aceitação das Entidades, porque abordou as questões centrais: - a Memória e as Pessoas…
Em breve será materializado porque estabeleceu o diálogo Livre e Independente, dando lugar ao contraditório estruturado na razão e na verdade dos factos.
Área total do terreno: 13.500m2 100%
Área total de edificação: 7.136m2 52%
(a recuperar: 3333m2 / de raíz: 3.803m2)
Área total de espaços verdes: 6.364m2) 47,10%
Habitar e poder disfrutar durante a semana, de um concerto de Jazz ou de uma performance de cinema ou moda, será uma realidade possível e praticável, num conjunto onde mais de 50% da área do lote são áreas verdes, e onde se aliará a residência à cultura.
A 3 minutos do Rio Douro e das Caves de Vinho do Porto, surgirão novas formas de Habitar, num lugar onde outrora existiu, uma das principais indústrias de fundição e cerâmica nacional, de apoio às artes, que teve como sócio-gerente o ilustre escultor Teixeira Lopes, e por onde lá passaram os mais famosos artistas portugueses e suas obras, como o escultor Soares dos Reis, autor da peça “desterrado”, confiado ao Museu do Chiado em Lisboa.
O Jardim Industrial, parte do condomínio e com inúmeros vestígios arqueológicos, será palco de exposições permanentes e temporárias e poderá abrigar criações e produções artísticas, performances e actividades ligadas ao cinema, teatro, música, moda e dança.
“Viver e trabalhar aliado à cultura e ao lazer e em diálogo entre a Tradição e a Revolução”, assim refere Joaquim Massena, arquitecto autor do projecto de arquitectura.
“O mundo global exige um novo modelo de habitar, relacionando-o com os aspectos sociais, culturais e económicas”, alerta Joaquim Massena.
Cerca de 3,400m2 de volumes fabris serão recuperados em novos Lofts, que se integram com dois volumes longilíneos, construídos de raiz, com linhas minimalistas e transparentes, que debruçam sobre o Jardim Industrial, com vistas sobre a cidade.
Ambientes industriais e artísticos singulares, coberturas em madeira e atmosferas de tijolo maciço e ferro fundido, aliados a linhas contemporâneas. Fornos com 4m2, onde outrora se coziam peças artísticas, serão agora integrados em habitações. Asnas em madeira e mezzanines dão agora corpo a espaços de Lofts amplos e contemporâneos, todos eles distintos, como se de peças de arte se tratassem.
Será ainda criado uma curadoria artística na gestão dos espaços condominiais. Uma inovação que prepara a abertura dos espaços a uma dinâmica cultural intensa, onde será possível no jardim industrial ou na nave central, uma gestão pontual, com projectos artísticos por jovens criadores, motivando a relação empresarial, na área da cultural e do lazer.
A unidade residencial, com cerca de 7,000m2 de construção, prevê que a mesma possa ser faseada e que os custos de condomínio possam ser apoiados pela curadoria de gestão cultural, regulando-se também numa missão de sustentabilidade económica.
“Este projecto dá resposta a uma geração exigente, mais irreverente, mais atenta à tradição e que procura novos modelos de habitar e trabalhar, que combinam com os valores culturais e sociais do mundo Global”, acrescenta Joaquim Massena.